segunda-feira, 31 de janeiro de 2011




É logo ali

É logo ali , que se encontra minha quebrada tão querida
Onde muitos se esconderam por não ter uma opção melhor para vida
Quando cheguei lá só tinha mato , terra vermelha um córrego
Sempre me senti privilegiada pois da minha humilde casa tinha a melhor vista
Com os olhos brilhantes observava após a chuva o arco ires cortando o morro
A mesma chuva que eu gostava deixava goteira por toda casa ao passar pelo forro
Lembro que as sacolinhas do mercado servia para não sujar meus pés até na escola
Á escola , mesmo ficando longe de casa e tendo que as vezes enfrentar um sol danado
Tinha prazer em freqüenta-la , a quadra era um campinho de terra todo improvisado
Continua logo ali , minha quebrada tão sofrida
Que ainda abrigam vários que não terão opções melhores na vida
Hoje os matos deram lugar as casas a terra vermelha ao asfalto o córrego ainda ta ali
A vista deve ser a mesma , só que me falta tempo para observar o arco iris surgi
A chuva ainda existe só que mais forte e quando vem até assusta ,
O problema agora não são as goteiras e sim a conseqüência do efeito estufa
As sacolinhas estão com lixos queimando em algum terreno baldio
E a escola já é menos freqüentada foram trocadas por algum lugar mais hostil

É logo ali , pra baixo do Morão CIDADE ARACY
Onde nasci , cresci , e á viver eu aprendi !

C.A , V.C prossegue , o som mas tocado aqui é o RAP !




Um comentário:

  1. "Não tem preço ver as crianças brincando na praça por mais humilde que seja você voltar pra sua casa . . . " Veio na mente essa parte de uma musica . . . Gostei do texto Sara . . . tem sentimento e muito . . .

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